A voz do Silêncio

Olá, tem alguém aí?
De tempos em tempos a gente se encontra
De tempos em tempos você me chama
E o que posso fazer a não ser aceitar?

O que há de novo?
O que há de errado?
Você pensa muito alto
E eu consigo escutar de longe
Seus passos são curtos
Mas a madeira range
Com o peso que carrega

Eu pouso em seus lábios
E repouso na sua mente
Desacelero seu coração
Eu planto uma semente

Na dúvida, você me chama
Na dor, você me clama
Sua frustração tem meu nome
E você carrega meu sobrenome

Me chame na chuva e nos dias de sol
Nas noites em claros e nos dias em branco
Por entre certezas e incertezas
“Mas eu não consigo deixar de…..”
Suas mãos tateiam a porta
Mas não há desejo de abrir
Não diga mais nada, pois eu falo por ti
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Autor: B̶r̶u̶n̶o̶ Silêncio